Vortô Dasdô!
Dasdô vortô.
Veio assim do nadinha!
Trupicô em São Francisco
Bateu nos pé de Santa Rosa
Pensô que essa disconhecida
Fosse lhe sê generosa.
Ah Dasdô
Pra que vortô?
Mais de ano se passô
E ocê bem distraída
Aí sumida e assumida
Consertando, recosendo
Amarrando com seus nó
O danado do distino
Que de ocê nunca tem dó.
Quanto desencontro Dasdô!
Quanto desassussego fia minha!
Será que um dia a Virge Maria
De ocê desata os nó?
E os santo dos Rosário
E as rosa da Terezinha
Santo Vito e São João
Sua madrinha de pia
No colo a carregarão?
Dasdô, quantas dô sente...
Dasdô sente as dô de mãe
Dasdô sente as dô de fia
Dasdô sente as dô da vida
Que vida Dasdô, ocê tem?
E Dasdô inda agradece
Ajoeia em prosa em prece
Com os óio cheios dágua
Retira dos peito a mágoa
E amudece outra vez.
Mas o Senhô inda um dia
Põe seus óio nessa fia
E há de dar o que nunca cobra
Seja em graça seja em sobra
Nem que seja a alforria.
Thildes Barmía