INGENTE
Tenho ojeriza a todo pensamento túrbido
Pois não sou assecla de idéias incógnitas
A verdade é algo que não se tergiversa
Pois os esgares não devem ser de hipocrisia
Gosto de tudo que seja oposto ao inexeqüível
Nada de exíguo em um pensar grandiloqüente
Circundados que somos por nós em nós mesmos
No labiríntico mundo das nossas imperfeições
Tento descortinar a realidade sem maniqueísmo
Na esperança de tentar dosar esse amor ingente
Ante o que escapa de minhas mãos paulatinamente
Mas sei que ele é adicto convicto de tua presença
E não pode imolar tua total e irrestrita liberdade
Nem tampouco demonstrá-lo por pantomima
Queria apenas vagar pelos mares de tuas vaidades
Deleitar-me ante tua entrega excitantemente total
Sem usurpar de teu imprescindível e curto tempo
Mesmo sentindo ser eremita esse meu conceito
Foco tudo o que está sublinhado em nossos egos
E sinto á agudez desse sentimento que nutro por ti
Imensurável e apaixonado em todos os quadrantes
Talvez por isso seja até um tanto quanto parvo
Mas jamais será antro de falsas e vazias promessas
Apenas o cume onde guardo todas as minhas verdades
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