O ENGENHEIRO DA SOLIDÃO

Sinos,lá no distante campanário,
e na floresta, o canto de um canário,
ouvidos aqui no rancho, ao lado do ribeirão...
Tantas aves,com seus voos razantes,
vejo, sinto, são momentos delirantes,
enquanto choram com notas, um violão...

Andorinhas, no morro acima,
tudo se transforma em rima,
quando tenho, a lua em minha mão....

Para o infinito, não quero essa passagem,
prefiro a vida, quero evitar essa  viagem,
gosto de viver, e ficarei um tempo por aqui...
Barba crescida, anos e anos sem um barbeiro,
hoje, nem sombra, do brilhante engenheiro,
que hoje conversa, com o amigo bentevi...

Bem longe da civilização,
foi o que pediu meu coração...
Quando um dia te perdi...

Coberta de sapé,a moradia, um ranchinho,
é onde vivo, com a poesia, vivo sozinho,
onde sinto me tão bem, nesse deserto...
Eremita,curto só, essa tremenda saudade,
deixei riqueza, ficou tudo  numa cidade,
aqui no silêncio, sinto ela mais perto...

Os sinos, lá da ermida,
despertam me para a vida,
limpando, um céu encoberto...






GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 15/09/2012
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