Sob o olhar do destino

Fecho meus olhos

e vejo o mundo

se desmanchando em cores

Sinto a dor

que ainda pulsa

pelo peso das coisas

que ainda posso ver

Na lucidez do caos

na bondade do mal

olho para o horizonte

de minha alma

inalterada

Fecho minha mente

para a realidade

que se enaltece

na pura visão

que se faz viva

e se lamenta

por nunca ter visto

a verdade

Fecho meu corpo

meu coração

meus sonhos

e fito a loucura

que se aproxima atroz

E a dor... ah, a dor

que ainda teima

que ainda dói

que ainda fica

presa em meus olhos

que nunca mais

vou querer abrir

não pelo advento

da morte

mas sim

pelo advento

da vida

Eder Ferreira
Enviado por Eder Ferreira em 14/09/2012
Reeditado em 14/09/2012
Código do texto: T3881329
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