Sob o olhar do destino
Fecho meus olhos
e vejo o mundo
se desmanchando em cores
Sinto a dor
que ainda pulsa
pelo peso das coisas
que ainda posso ver
Na lucidez do caos
na bondade do mal
olho para o horizonte
de minha alma
inalterada
Fecho minha mente
para a realidade
que se enaltece
na pura visão
que se faz viva
e se lamenta
por nunca ter visto
a verdade
Fecho meu corpo
meu coração
meus sonhos
e fito a loucura
que se aproxima atroz
E a dor... ah, a dor
que ainda teima
que ainda dói
que ainda fica
presa em meus olhos
que nunca mais
vou querer abrir
não pelo advento
da morte
mas sim
pelo advento
da vida