Pássaro infeliz
O pássaro que canta
pela fresta do cativeiro
com tristeza se levanta
aprisionado no poleiro.
É o olhar da saudade
debruçado em tua janela.
A poesia que não tem idade
e que choro com ela.
Sem resposta seu cantar,
a voz que o vento conduz.
Deus há de guardar
nas pupilas de Jesus.
O amor não conhecido,
pelos homens rejeitado.
Fica esquecido,
continua aprisionado.
Pelos caminhos estão
armadilhas e laços,
correntes da prisão
e o coração em pedaços.
M'alma está sangrando
pelas coisas que reclamo.
Meu pensamento voando
no mundo que tanto amo.