PENTAGRAMA (da série poemas mortos)
P E N T A G R A M A
Eu, só, cismo;
Eu sofismo;
Sofro, sangro e supero..
À dor me crismo,
Na cor escura
Do escarpado abismo.
A brancura impura,
Esse pecado, eu quero!
O meu grito só ecoa aflito
No aflito flerte
Do meu grito
Com o toque doce e reto
Do meu túmulo
Pois na rima rica
Desse rito,
Que me verga
E que me veste
Desse mito,
Sinto o acre
E ácido acúmulo
Em que me fito!
(Tadeu Paulo – 1985)