triste tear
Asas que me livra da morte (Sorte?!),
Pairo no vazio de um suspiro, intacto,
E aos poucos me refaço
Como pirilampo soprado ao acaso
Ricocheteio de um lado pro outro, meio aqui, meio cá
Desfragmento-me com a força do nó dos ventos
E no rastro, fiapos e novelos entranhados.
Assim como o destino, embaraçado!
Cheio de amarras e nós cegos
Amordaçado pela incerteza,
Torturado
Laçado aos rastros incógnitos... do acaso
E nessa tentativa de desatar
Crio mais cordas, fios e amarras
Armadilhas que me prendem, inúmeros nós que não desfaço.
Trapaças da vida, em tiras... o fracasso!
Quiseras de tanto nó poder tecer uma rede,
Pra deitar e contemplar as estrelas
Mas teço em lagrimas, teço em reza,
já sem vida, já sem forças
E no tear só construo...forca!