triste tear

Asas que me livra da morte (Sorte?!),

Pairo no vazio de um suspiro, intacto,

E aos poucos me refaço

Como pirilampo soprado ao acaso

Ricocheteio de um lado pro outro, meio aqui, meio cá

Desfragmento-me com a força do nó dos ventos

E no rastro, fiapos e novelos entranhados.

Assim como o destino, embaraçado!

Cheio de amarras e nós cegos

Amordaçado pela incerteza,

Torturado

Laçado aos rastros incógnitos... do acaso

E nessa tentativa de desatar

Crio mais cordas, fios e amarras

Armadilhas que me prendem, inúmeros nós que não desfaço.

Trapaças da vida, em tiras... o fracasso!

Quiseras de tanto nó poder tecer uma rede,

Pra deitar e contemplar as estrelas

Mas teço em lagrimas, teço em reza,

já sem vida, já sem forças

E no tear só construo...forca!

Alex Wolney
Enviado por Alex Wolney em 05/09/2012
Código do texto: T3867089
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