Como Não Podar Uma Roseira


A rosa se abre,
Pétalas ao sol,
Perfume ao vento,
Vivendo o seu momento...
Estilosa,
A rosa...

Alguém pensou
Ser jardineiro:
Lâminas cruzam-se,
Estalam no caule,
Despenca a rosa...

De novo, a seiva,
A chuva , o sol,
Botão que nasce
E que se abre
Em cores lindas
E em veludos...

Mais uma vez,
A mão maldosa
A lâmina fria,
A poda cega,
Caule em fiapos...

A natureza
Reergue  a rosa,
E as mãos rugosas
Do mau-jardineiro
Retomam a poda:

Cai, novamente,
A pobre rosa,
Murcham as folhas,
Seca-lhe a seiva,
E a roseira
Desiste.

Nunca mais
Brotará.



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Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 05/09/2012
Reeditado em 16/06/2020
Código do texto: T3866749
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