Como Não Podar Uma Roseira
A rosa se abre,
Pétalas ao sol,
Perfume ao vento,
Vivendo o seu momento...
Estilosa,
A rosa...
Alguém pensou
Ser jardineiro:
Lâminas cruzam-se,
Estalam no caule,
Despenca a rosa...
De novo, a seiva,
A chuva , o sol,
Botão que nasce
E que se abre
Em cores lindas
E em veludos...
Mais uma vez,
A mão maldosa
A lâmina fria,
A poda cega,
Caule em fiapos...
A natureza
Reergue a rosa,
E as mãos rugosas
Do mau-jardineiro
Retomam a poda:
Cai, novamente,
A pobre rosa,
Murcham as folhas,
Seca-lhe a seiva,
E a roseira
Desiste.
Nunca mais
Brotará.