MUNDOS FRACTAIS
Quando descortinar teu real universo
Dissecar as arestas de tua incolumidade
Desvendar tua volubilidade e mutabilidade
Na suntuosidade dessas tuas particularidades
Observar teu suasório modo de não se revelar
Nas minúcias exaradas em tua complexidade
O tempo transverso marcado pelo não se ser
Não mutila aquilo em si mesmo seja inconverso
Pois não desejo o truísmo dessa convivência
Fugirei do abismo de minha fervilhante emoção
E não misturarei o prisma de nossos fractais mundos
E assim evitar atitudes imbecis e desabridas
Fugindo ao fementido toque da perfídia
Que pode ferir em apenas um átimo de ira
Mesmo mitigado pelo sentimento Mor o amor
Pois nesse contexto tenho ojeriza ao perfunctório
E procuro ilidir a tudo o que não nos seja benfazejo
Enfrentando as celeumas advindas dessa dualidade
Onde o querer não pode transfigurar-se aleatoriamente
No néscio espaço vazio de vaidades intempestivas
Muitas vezes deixamos nos levar por cernes incongruentes
Que habita o lado negro de nossas reações impensadas
Mas no fim o que nos impugne não seja o ardil do medo
Nem as eufêmicas palavras soltas pelos nossos recantos
Pois o sentir é a melhor maneira de não tergiversar ao amor
E nada para mim é tão probo quando o que sinto e pressinto
Pois sou movido ao que meus sentimentos têm como rota
Mesmo que às sinta nas mazelas da distância e do não contato
LEILSON LEÃO
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