Oh Capitão! Meu Capitão!
Meu capitão! A terrível jornada
Terminou na maldita tormenta,
A tua fronte pálida, descorada
Está fria, pegajosa e macilenta!
Já ouço os sinos se dobrarem
E meus olhos miram-se fitando
Preces aos céus vão cantando
Quando gotas de sangue caem
Meu capitão!Trina a corneta,
E por ti a bandeira é alçada,
Ouça o ribombar da trombeta
Sobre a tua fronte prostrada!
Meu capitão sequer responde,
Com os lábios apenas cerrados
Seu pensamente vai ao longe
No túmulo junto dos finados!
Por ti as coroas, buquês, fitas
Saúdam teu valoroso quinhão,
Trazem-no troféus e as tulipas
Ao convés morto está o capitão