REGRESSO AO QUE É REVELADO

"REGRESSO AO QUE É REVELADO"

Amar é um rio egresso

Regresso sabatinado

Congresso felicitado

Encorpado como o aço

Que seu coração habita

Precipita dar-me a pepita

Para depois retirá-la

Para comprá-la ao preço

De um arroubo de desprezo

Rombo,

Que tira

Os sinais vitais

De sua sina

Por cima,

A montanha

Por baixo,

O que se apanha

Não vivendo

Ao meu lado

Amar é um regresso

É um confesso congresso

Ao que é reverberado

É restituição,

É dia

É audiência

De algo

Que mirra

Que se espia

Pela porta

Que corta

Os desejos

Em fatias

Um dia se foi

Indo tão fundo

Frente ao que se entendia

Expandia-se,

Enquanto cúmplice

E compreendia-se

Munícipe

De um mundo retocado

Recatado problema

De um lugarejo reservado

Do sonho hibernado

Hiberno ao inverno

Que vivi ao seu lado

O sono terno

O terno, a mão, o dedo

Meu desespero

É o de ter-te

Por perto

O que te peço

Não é mais,

Que um bocado

Que um bom

Bombocado

Que um ignorado

Que um surrado coração

Despedaçado.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 02/09/2012
Código do texto: T3861442
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.