REGRESSO AO QUE É REVELADO
"REGRESSO AO QUE É REVELADO"
Amar é um rio egresso
Regresso sabatinado
Congresso felicitado
Encorpado como o aço
Que seu coração habita
Precipita dar-me a pepita
Para depois retirá-la
Para comprá-la ao preço
De um arroubo de desprezo
Rombo,
Que tira
Os sinais vitais
De sua sina
Por cima,
A montanha
Por baixo,
O que se apanha
Não vivendo
Ao meu lado
Amar é um regresso
É um confesso congresso
Ao que é reverberado
É restituição,
É dia
É audiência
De algo
Que mirra
Que se espia
Pela porta
Que corta
Os desejos
Em fatias
Um dia se foi
Indo tão fundo
Frente ao que se entendia
Expandia-se,
Enquanto cúmplice
E compreendia-se
Munícipe
De um mundo retocado
Recatado problema
De um lugarejo reservado
Do sonho hibernado
Hiberno ao inverno
Que vivi ao seu lado
O sono terno
O terno, a mão, o dedo
Meu desespero
É o de ter-te
Por perto
O que te peço
Não é mais,
Que um bocado
Que um bom
Bombocado
Que um ignorado
Que um surrado coração
Despedaçado.