Motivos

Eu já cansei de querer tanto, ao ponto de cegar...

E ouço as pessoas que me chamam, aquelas que mentem

E as ânsias ruins quase me matam

Hoje, era pra ser tudo diferente...

Coisa que o habitual quase não vê

E o que eu sou?

Parando por aí...

Um corpo que não precisava ser assim, uma mente instável

Um violão

Um copo de vinho, pescoço quebrado

E não há motivos que sustentem essa indecisão

E motivos nunca hão de faltar

Pobre homem, com coração de pano...

Que dirá teu peito, disso tudo?

Deitar, correr...

Não importa.

Daniel Sena Pires – Motivos (02/09/12)