Triste Édem

Diante de minha alucinação

Vago... num jardim com flores e rosas de pedras

De pés descalços, espinhos de arame perfuram minha carne

E enquanto sangro, borboletas de papel pousam sobre minha feridas

Dor e lagrimas alimentam meu édem de pedras e trapos

Despedaço-me para servir de adubo

pr’um solo que um dia já deu frutos fartos

Me degrado feito verme rastejante à procura de um buraco escuro pra fugir da vergonha... Mundo!

Sem pássaros, sem lagartas .

No meu jardim a vida, assim como eu, despedaça

Sem Sol, sem Lua,

Sem amor, nem chuva,

Desprende dos meus olhos apagados outra lagrima

Que salga e envenena mais meu solo,

Meu corpo, minha alma... Amargurada.

Tenho que vagar nas sombras..., no breu.

Contentar-me que os portões fecharam-se

E o ultimo suspiro ainda paira no silêncio...

“-Adeus!”.

Alex Wolney
Enviado por Alex Wolney em 31/08/2012
Código do texto: T3858271
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