Triste Édem
Diante de minha alucinação
Vago... num jardim com flores e rosas de pedras
De pés descalços, espinhos de arame perfuram minha carne
E enquanto sangro, borboletas de papel pousam sobre minha feridas
Dor e lagrimas alimentam meu édem de pedras e trapos
Despedaço-me para servir de adubo
pr’um solo que um dia já deu frutos fartos
Me degrado feito verme rastejante à procura de um buraco escuro pra fugir da vergonha... Mundo!
Sem pássaros, sem lagartas .
No meu jardim a vida, assim como eu, despedaça
Sem Sol, sem Lua,
Sem amor, nem chuva,
Desprende dos meus olhos apagados outra lagrima
Que salga e envenena mais meu solo,
Meu corpo, minha alma... Amargurada.
Tenho que vagar nas sombras..., no breu.
Contentar-me que os portões fecharam-se
E o ultimo suspiro ainda paira no silêncio...
“-Adeus!”.