Aquele Soneto Impensável de Amor
Poderia até ser que desse certo
Escreveríamos um história de felicidade
Mas como sempre tendo à crueldade
Nós dois não passamos nem perto.
Daqueles que terminam sem ao menos começar
Que sangra n'alma e corta o peito
Mas comigo é essa maldição, e não tem jeito
Hei de sempre nas trevas terminar.
Já não sei quem tem culpa - se é que alguém a tem -
Brincadeira das antigas que há muito eu não brincava
E já deverias saber que não sei mesmo brincar.
Sei que em mim se confumdem as cicatrizes agora
Em meu coração que eu sei, já que outrora
Como sempre cicatriza mas continua a sangrar.