SER FEITO DE LUZ

Não plantarei nas caívas dos modismos

Para não colher apenas dogmas vazios

Na crosta deste superficialismo crescente

Onde tudo o que é raso acha-se profundo

Pela astúcia das imbecilidades superpostas

Hoje não gosto do apelo do que seja exótico

Não mais encantam velhas e vãs novidades

Apenas páginas repaginadas do que já foi

Pois estou centrado no que ainda virá a ser

No amanhã transcendente nesse segundo

Acoplado ao infinitivo de meus instintos

Pertinente ao plexo dessas inconstâncias

Verto tudo o que em mim sei não reverter

E fujo ao dourado dos infames dedos de Midas

Puro ouro de tolo de sonhos irrealizáveis

Quero o que em essência se configure sólido

E que ao seu tempo será mais que palpável

Diáfano em toda plenitude de sua existência

Pois necessito de uma claridade natural

Advinda do astro que faz de ti seu habitat

E que irradia tua luminosidade sem artifícios

Na clara exposição de teu apaixonante ser

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 28/08/2012
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