SER FEITO DE LUZ
Não plantarei nas caívas dos modismos
Para não colher apenas dogmas vazios
Na crosta deste superficialismo crescente
Onde tudo o que é raso acha-se profundo
Pela astúcia das imbecilidades superpostas
Hoje não gosto do apelo do que seja exótico
Não mais encantam velhas e vãs novidades
Apenas páginas repaginadas do que já foi
Pois estou centrado no que ainda virá a ser
No amanhã transcendente nesse segundo
Acoplado ao infinitivo de meus instintos
Pertinente ao plexo dessas inconstâncias
Verto tudo o que em mim sei não reverter
E fujo ao dourado dos infames dedos de Midas
Puro ouro de tolo de sonhos irrealizáveis
Quero o que em essência se configure sólido
E que ao seu tempo será mais que palpável
Diáfano em toda plenitude de sua existência
Pois necessito de uma claridade natural
Advinda do astro que faz de ti seu habitat
E que irradia tua luminosidade sem artifícios
Na clara exposição de teu apaixonante ser
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