Minha estúpida inocência

Os versos são fugazes.

Perdem-se no instante do olhar.

Não consigo detê-los dentro de mim;

Para desdizê-la, estúpida inocência.

Resta-me abraçá-la, tu és a única vida

Dessa triste verdade...

Estúpida inocência, minha,

Somente minha.

Inverdades...

destino sem ida, só vinda.

Assim, ficamos aqui, as duas,

vendo a lua, que hoje não inspira

É somente uma lua.

Como eu em você:

Uma poetisa somente, sem inspiração;

Só, em sua estúpida inocência!

Edna Maria Pessoa

Natal- RN, sexta-feira, 24 de agosto de 2012.