Martírios d'alma!!!
Minh’alma mortificada está!
Pois ao olhar em teus lindos olhos
Que tanto me sorriam um dia,
Como a mais bela luz das estrelas,
Vi neles uma negra luz enegrecendo meu ser
Meu coração pulsava...
Eu sofria...
Martírios febris vinham do meu âmago,
Como um lava incandescente
Queimando meu amor...
Destruindo meus sentimentos...
Lágrimas sangrentas escorriam do meu peito ferido
Gritos de socorro gelavam minh’alma
Ah!!! Minha essência de vidro, frágil, quebradiço
Meus olhos líquidos de efêmero viver
Buscava-te, mas sem te ver...
Assim, morria o mais importante em mim:
Meu amor poético por ti
Ah! Martírios d’alma
Não entristeça meu canto
Não alimente meu pranto!!
Hoje sinto um arfar lúgubre...
Funesto!
Teus olhos brilhantes me negaram,
Teus lábios doces se fecharam...
Tua voz, teu canto, se calou
Teus beijos, ah!! Teus beijos...
Secaram!!!
Teu sorriso se fechou.
Hoje!
Martírios sou...
Meu mundo?! Meu mundo!!!
Se acabou...