O PRATO III

O PRATO III

Eliana que do sofrimento sensível é sempre

Coração na mão fustigava a vara sem sucesso

No alto o gato já pançudo vacilava

Priscila latindo grave não alcançava o muro.

Vizinhança naquele instante ouvindo o barulho

Acorreram muito apenados num “pega!... pega!...”

Chane com a sorte de tantos ladrões

Quase sem perceber viu-se no telhado.

A mãe que do filho apenas penas

Até hoje guarda no peito as rubras gotas

Que de amor tão grande nunca se esgotam

Por serem vivas e eternas aquelas cenas.