ESTADO PRESENTE AUSENTE
Já não se engana
A verdade é insana
Alucinada
Aflita
Percorre pelas ruas
Pelos becos
Pela vila
Num desespero mudo
Sem voz
Sem grito
Que tempo é esse
Que não se espera
Que tempo é esse
Que dilacera
Nunca mais os seus braços
Nunca mais o seu abraço
Nunca mais os seus risos
Invadindo a casa de alegria
Assim vai
A dor é tempestuosa
E ela nem sente
Está em conflito
Está tão aflita
A loucura a domina
Percorre a sua mente
Dilacera suas entranhas
E desenganada
Está em tempestade
Buscando um abrigo
Onde só há desabrigo
Nem morrer pode
Já não sabe mais da vida e da morte
O que ela sente
Estado presente ausente