Quietude

Cansa-me, pois preciso de letras;

Tenho-me em poucos livros;

Em muitos contos e feiras;

E ainda em alguns rios turvos;

Exausta-me, tanta quietude;

Absoluto silencio de tua alma;

Outrora foi o milênio e a amplitude;

Que deslocara a beleza daquela que ama;

Então barcos partem sóbrios;

A morbidez do silencio que fere;

Ainda há sábios pouco estóicos;

E de minha alma já cansada;

Partiu-me fogo de azul encanto;

De um longo amor, de uma única morada.