Desumanidade

Amigos Recantistas: escrevi estes versos horrorizada pela selvageria de um dito "humano" com duas cachorras dóceis daqui da minha Piracicaba!

Corpo roliço!

De quem, já alcançou a maturidade,

Vive pelas ruas a procura de amigo

Sorriso largo em gesto de felicidade.

Olhar submisso!

De quem, aprendeu a sentir tanta dor

O mal cruel imposto em atroz castigo

Sevícias maldosas de um vil agressor.

A poeta nestes versos lhe deu a voz...

Jogar feitiço?!

Quem me dará ser palhaça no picadeiro

Donde homem-animal vive num abrigo,

Doado como bem maior a este herdeiro.

Maldito seja!

Humano-desumano!

Você! Que desferiu estes quatro golpes,

Maldito seja!

Humano-desumano!

Na minha doce companheira Costelinha!

Animal?! Eu?

Se ando pelas ruas numa total liberdade,

Abençoando os passantes com meu olhar

Repleto de amor-canino em vivaz amizade!

Maldito seja!

Humano-desumano!

Algoz!

Maldito seja!

Humano-desumano!

Bestial!

Maldito seja!

Humano-desumano!

Irracional!

Maldito seja!

Você! Humano-desumano!

Por machucar o corpo frágil da Mocinha!