Uma estrada, dois carros, duas vidas: a consequência trágica da bebida.
Um homem insensato,
Embriagado pelo seu vício,
Perde o controle de seu carro
E se aproxima do precipício.
Não muito longe dali,
Uma família volta de um passeio.
Ninguém sabe o que está por vir...
É o começo de um pesadelo.
O vício não prejudica apenas o viciado,
Prejudica a sociedade, todos os que estão ao seu lado.
O insensato motorista
Tinha uma linda família...
Mas preferiu amar o vício
E nunca deixou a bebida.
Preferiu o malefício
Que acabou com a sua vida.
Naquela triste e fria estrada,
Gotas de chuva eram como lágrimas...
Numa manobra radical,
O motorista alcoolizado encontrou o destino fatal.
Não apenas ele, mas também
Uma linda jovem que sonhava ser alguém...
Ela estava com a mãe, o irmão e o pai.
Todos voltavam da comemoração do dia dos pais.
Vinham alegres pelo caminho,
O pai, a mãe, a jovem e o irmãozinho.
Cantavam a Oração de São Francisco
Enquanto o pai dirigia atento aos riscos.
Foi quando o outro motorista,
Conduzido pela bebida,
Realizou a manobra arriscada
E, no outro carro, a família ficou desesperada...
O choque foi inevitável:
Um carro capotou, o outro ficou imprensado.
O motorista alcoólatra morreu
E a família toda sofreu...
A jovem ficou presa às ferragens por várias horas,
A mãe teve uma das pernas esmagadas.
O menininho, ferido por estilhaços, ainda chora
E o pai não entende mais nada...
Pobre homem, sempre foi responsável...
Mas acabou julgando-se culpado.
Só que ele não poderia fazer nada,
Pois o motorista bêbado fez uma manobra inesperada.
Foram horas de sofrimento e de dor...
Uma linda jovem, muitas saudades, deixou.
Ela tinha iniciado o curso de Pedagogia
E sonhava ser professora, um dia.
Gostava de ensinar o irmãozinho
A desenhar, a cantar e a escrever versinhos.
Ela dava muitas alegrias aos pais,
Era uma jovem como já não se vê mais...
Infelizmente, a maldita bebida
Venceu, outra vez, a vida...
Até quando as pessoas vão beber antes de dirigir?
Até quando acontecerão acidentes graves assim?
Uma família ficou incompleta...
Apenas dor, revolta e saudade é o que resta.
Hoje, há um pai inconformado...
Hoje, há um irmãozinho solitário...
Hoje, há uma mãe deficiente...
Hoje, há uma dor que é permanente...
A família, do verdadeiro culpado
Pelo acidente naquela estrada,
Sofre a perda do pai irresponsável
E se compadece da outra família arruínada.
Na missa de sétimo dia,
Celebrada em memória da jovem,
A igreja, atentamente, ouvia
Os versinhos do irmão que ainda sofre...
"Papai do Céu, minha irmã, agora, vive contigo.
Sonhei com ela e com Jesus no paraíso.
Ela até parecia um anjo...
Pena que eu já estava acordando...
Não sei por que ela se foi tão cedo,
Sinto saudade, tristeza e medo...
Medo de perder as pessoas que tanto amo,
Medo de não conseguir completar mais um ano.
Pois muita gente bebe antes de dirigir
E, as leis de trânsito, passa a transgredir.
E assim, muitas famílias sofrem
E os(as) alcoólatras nem se comovem.
Continuam sempre a beber
Como se nada de mal pudesse acontecer.
Se eu pudesse, faria um decreto,
Pois o vício não é algo correto:
Proibiria a produção de bebida alcoólica para sempre
E, assim, nunca mais sofreria tanta gente.
Ela causa mortes no trânsito
E contribui para todo tipo de violência.
Os(as) alcoólatras cometem um engano
Ao trocar sua liberdade pela dependência.
Dependência de um copo de cachaça ou de cerveja
Que deixa a pessoa fraca e impede que ela veja
O mal que faz a si e aos semelhantes
Ao fazer da bebida uma companheira constante.
Por isso, eu Te peço, Papai do Céu,
Que minhas palavras saiam desse papel
E cheguem a cada coração
Que precisa de consolo e de libertação.
Derrama sobre todas as famílias a tua unção
E liberte-as de todo o perigo, todo o mal, toda a tentação.
Afasta, com o Teu poder, o vício maldito
E não permita que outras famílias sejam destruídas pelo alcoolismo.
É isso o que eu te peço, em nome de Jesus,
Que sejas o nosso consolo e a nossa luz.
Ensina-nos a vencer o mal praticando o bem
E que a Tua justiça seja feita, amém!"