FERIDAS!

O silêncio impera ao meu redor.

Os sons urbanos são os da rotina,

Não interferem em meus pensamentos

Agora tão tristes e reflexivos.

A compreensão de atos alheios

Não chega ao meu lado racional.

Há dor no coração apaixonado

Ferido com palavras ao longe

Sem olhares, sem tua presença.

Os fios invisíveis do mundo atual

Tornam-se armas sem precisar estar perto.

O olhar revelador e sempre desviado

Não poderá ser encarado

Para descobrir as verdades e/ou mentiras

Contidas secretamente.

Seres humanos indecifráveis

Um passado glorioso, digno e atuante.

Vida de segredos, histórias, incógnitas.

E à minha alma pergunto:

Então o que se ama?

O que se conhece para amar?

Ama-se o desejado?

Ama-se a presença, a companhia?

Ama-se o que não se tem por completo?

Ama-se o impossível?

Faltam-se as respostas,

Como sempre faltaram.

No presente, tenho lágrimas

Perplexidade, angústia do não saber

Há tantos defeitos, tantas falhas

Tantas respostas silenciosas e não ouvidas

Ou sutilmente escondidas em meu coração.

O amor cega-me.

Mas as evidencias me afrontam,

E eu me recuso a ver,

Para viver poucos momentos,

Que no fundo eram só meus!

Irene Freitas

14/08/2012

10:17 h

irenefreitas
Enviado por irenefreitas em 14/08/2012
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