ABUTRES HUMANAS
Não quero ouvir falar teu nome
Por intermédio dessas abutres
Que tem na boca palavras malditas
Em forma de carniceiros comentários
Porque quer eu saber de tua vida
Através de pessoas promiscuas
Que não vem a mim diretamente
Pois sabem que conheço suas feridas
E suas feridas abertas podres em pus
Tentam esconder mostrando a de outros
Querem transformá-la também em abutre
Para que assim a corja esteja formada
E a depravação tenha seu aval direto
Já que tens carro e tem um teto
Onde em conforto podem se alimentarem
Umas pagam por jovens amantes imbecis
Outras são noivas de térmicos gigolôs
Outras traem os maridos que as bancam
E as línguas podres levantam ao céu
Rezando para que as máscaras
Não lhe caiam das faces
Mostrando toda podridão
De suas verdadeiras identidades