SANGUE E AREIA

O vento soprava forte vindo do mar

Na praia Malu estava sentada semi-nua

Brincava com areia naquela noite de lua

Queria esquecer agora toda sua tristeza

Em confronto com o amor ali se refugiara

Estava magoada, não sabia o que fazer

Abandonada, viu toda alegria desaparecer

Achava que no mundo não teria mais lugar

Portava um punhal, tinha tomado uma decisão

Cravou no peito, viu seu sangue jorrar

Manchou a areia, teve forças para chorar

Em suas mãos sangue e areia se juntaram

Mundo cruel com marcas de ingratidão

Pessoas que não compreendem a vida

Que não reconhecem uma luta perdida

São os donos de si fora da realidade

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 11/08/2012
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