Triste partir...
Tenho andado tão carente de amor que me faz gente, que só o meu coração, deveras, sente...
E, nessa louca solidão,
Viajo na emoção de um bem querer solitário...
Busco barganhar os sentimentos, doados em pensamento de terreno semidesértico...
Alcançar o patamar da loucura de amar, sem querer a face mostrar...
E no fundo da alma incontingente,
Qual a lança e a serpente, sem saber quem vencerá,
Olhos invisíveis a vagar, vasculhando a alma da gente, tentando entender,
O que contesta em aparecer.
E nessas cousas d’agora,
Em que o amor aflora, sem pedir nenhum tostão...
Lança à face, que se lava, nas águas do ribeirão, para que, essa mesma água em sua imensidão, lave profundamente sua alma marcada de insensatez...
E nesse “parturimento” quase fórceps, semianestésico, carrega num contingente, toda a minha fantasia...
Abro mão e te deixo partir...
Para ficar aqui, fazendo companhia para a (solidão), junto aos pensamentos que me restaram de ti...