Triste partir...

Tenho andado tão carente de amor que me faz gente, que só o meu coração, deveras, sente...

E, nessa louca solidão,

Viajo na emoção de um bem querer solitário...

Busco barganhar os sentimentos, doados em pensamento de terreno semidesértico...

Alcançar o patamar da loucura de amar, sem querer a face mostrar...

E no fundo da alma incontingente,

Qual a lança e a serpente, sem saber quem vencerá,

Olhos invisíveis a vagar, vasculhando a alma da gente, tentando entender,

O que contesta em aparecer.

E nessas cousas d’agora,

Em que o amor aflora, sem pedir nenhum tostão...

Lança à face, que se lava, nas águas do ribeirão, para que, essa mesma água em sua imensidão, lave profundamente sua alma marcada de insensatez...

E nesse “parturimento” quase fórceps, semianestésico, carrega num contingente, toda a minha fantasia...

Abro mão e te deixo partir...

Para ficar aqui, fazendo companhia para a (solidão), junto aos pensamentos que me restaram de ti...

val cunha
Enviado por val cunha em 07/08/2012
Código do texto: T3818765
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