( Foto tirada do Google )
Tarde demais
Um silêncio fúnebre
percorria seu quarto.
Sobre o leito, um corpo estendido,
encoberto por um lençol de seda.
Tinha na alma,
o restante de uma vida.
Os cabelos longos e claros,
a leveza de uma pluma.
Os seus olhos já sem luz,
envolvidos em recordações passadas.
Seu olhar percorria as paredes do quarto,
como se procurassem algo.
Um grito, junto de lágrimas,
que escorriam pelo seu rosto.
Não quero morrer! Não quero morrer!
Eu pequei, mas peço perdão.
Arrependo-me do que fiz!
Mas aquela vozinha em seu íntimo,
perseverava dizendo:
É tarde, tarde demais! Marília!
( Esta poesia é uma obra de ficção )