POEMA TRISTE
Abre, tristeza,
As grades que te prendem
ao meu coração.
Arranca, tristeza,
O véu que esconde teu rosto.
Mostra ao menos a mim mesma
Que sou infeliz!
Não enganes a ninguém, tristreza!
Mostra a tua face disforme,
Grita ao mundo inteiro que dorme
E pensa que sou feliz!
Por que tentas enganar a ti, então?!
Leva ao menos
Esse frio que me gela a alma
Toma o meu pesado véu da solidão...
E cobre com ele
Os meus passos perdidos no tempo
Os meus gritos, o meu choro ao vento!
Apaga do meu caminho
As horas breves
De felicidade que vivi
E recolhe minhas lágrimas
Em sua alcova de dor.
E as transforma em pétalas mortas
Cruel morte de uma flor!
Oh! Vai-te tristeza,
Não deixes que essa noite
Eu chore mais uma vez!
Leva esta tortura, o teu açoite
A minha mágoa, esta angústia,
Vai-te, tristeza, de vez!
Deixa-me ao menos
Chorar sozinha
No frio da solidão que é minha
E, se amanhã alguém
Me perguntar da saudade
Dos amores e amizades
Eu seguirei mentindo,
Farei o que quiseres...
Mas agora
Eu te suplico
Me deixe...
Vai-te, tristeza, embora!
*********
Abre, tristeza,
As grades que te prendem
ao meu coração.
Arranca, tristeza,
O véu que esconde teu rosto.
Mostra ao menos a mim mesma
Que sou infeliz!
Não enganes a ninguém, tristreza!
Mostra a tua face disforme,
Grita ao mundo inteiro que dorme
E pensa que sou feliz!
Por que tentas enganar a ti, então?!
Leva ao menos
Esse frio que me gela a alma
Toma o meu pesado véu da solidão...
E cobre com ele
Os meus passos perdidos no tempo
Os meus gritos, o meu choro ao vento!
Apaga do meu caminho
As horas breves
De felicidade que vivi
E recolhe minhas lágrimas
Em sua alcova de dor.
E as transforma em pétalas mortas
Cruel morte de uma flor!
Oh! Vai-te tristeza,
Não deixes que essa noite
Eu chore mais uma vez!
Leva esta tortura, o teu açoite
A minha mágoa, esta angústia,
Vai-te, tristeza, de vez!
Deixa-me ao menos
Chorar sozinha
No frio da solidão que é minha
E, se amanhã alguém
Me perguntar da saudade
Dos amores e amizades
Eu seguirei mentindo,
Farei o que quiseres...
Mas agora
Eu te suplico
Me deixe...
Vai-te, tristeza, embora!
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