EU-PINTURA POÉTICA DE MIM
Eu que fui condenado
A clara escuridão
E acuado
Ouvi vozes
Gritei não
Agora estou aqui
Nos confins do meu eu
Saboreando o que me arremeteu
Aos meus muitos eus
E assim ao único eu que sobrou
Nada mais restou
Do que o consolo efêmero
Que em aceno correndo
Mostrou que nem tudo
Que é pequeno é sereno
Nem tudo que pinta é tinta
Nem tudo que molha é agua
Nem todo choro é sinônimo de lágrima
Nem tudo que está no mar singra
Nem tudo que pega contamina
Nem tudo que acontece é sina.