EU-PINTURA POÉTICA DE MIM

Eu que fui condenado
A clara escuridão
E  acuado
Ouvi vozes
Gritei não
Agora estou aqui
Nos confins do meu eu
Saboreando o que me arremeteu
Aos meus muitos eus
E assim ao único eu que sobrou
Nada mais restou
Do que o consolo efêmero
Que em aceno correndo
Mostrou que nem tudo
Que é pequeno é sereno
Nem tudo que pinta é tinta
Nem tudo que molha é agua
Nem todo choro é sinônimo de lágrima
Nem tudo que está no mar singra
Nem tudo que pega contamina
Nem tudo que acontece é sina.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 31/07/2012
Reeditado em 02/08/2012
Código do texto: T3807220
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