Coração de Prometeu

Leve o que foi bom e desapareça

Cuide-se com a dor, e com o tempo esqueça

Se a vontade de chorar lhe pesar o peito

Sinta, em cada lágrima, o amor que foge liquefeito

Ah! E o seio doce que de mim arranca,

A tenra carne que me escapa...

E o coração, que sangrando só, não estanca

Será o festim eterno da ausência que nos mata.

Hollywood, fevereiro de 2007.