ETERNAMENTE
Tenho que ir, pra vida amarga
Já estou indo seguir meu rumo
Sou marciano, não me retardo
Estou partindo, vou pelo ar
Na sobrecarga a flutuar
Um dia desses, pode esperar
Pois tenho um tento, e vou voltar
Tu me verás rosto marcado
Tragando a dor, adorando um trago
Serei um velho, gosto calado
No mundo duro do meu passado
Tão obscuro quanto blindado
Não mais criança, mas queria ser
Pra não crescer, pra não sofrer...
Eternamente, pra não morrer!
Autor: Valter Pio dos Santos
03/Set/1980