A CASA TRISTE

A CASA TRISTE

Oh! Casa cheia de seus filhos entre prantos e solidão

Dos seus pios ecoados nos campos de concentração.

Casa triste, pintada com listras dos pijamas cativos

Da escuridão da alma humana de inumanos opressivos.

Oh! Casa das minhas dores, viva de mortes inconscientes

Jogados aos poços dos desprezos nos bigodes do ditador

Oh casa! Madeira podre no alicerce do sangue de inocentes

Que na voz de seus gritos mendiga o perdão ao seu pecador.

Meus piolhos da humanidade, irmãos que não conheci?!

Tratados pior que bichos! Casa da sedução de gases mortais.

Casa,... Vizinha da mansão de famílias de imponentes generais

Casa triste que vivia entre o riso da tortura da sua imoralidade.

A religiosa pureza ariana rezava ao seu deus anti-semita

Implorava por forças para impor seus parasitas

E que na luz de sua loucura toda paz era maldita.

Oh casa dos livros de historia que deixaram suas feridas!

Oh! Casa da insensatez que me espedaça em lagrimas

Que é o suplicio do meu arrítmico coração

Que é a guerra da decência teórica da mente sem praticas

Induz-me às lembranças de um mundo sem educação...

Tempos de outrora, onde a caverna era nosso covil.

Oh casa triste! Destruam esse museu do sofrimento

Para que não abale o novo-humano em desenvolvimento

..., E para que o novo tempo,... Seja mais gentil.

Oh casa triste dos meus ancestrais!

Não quero te ver jamais...

Suas cicatrizes já me são por demais!

Não vos igualeis a uma raça de animais.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 17/07/2012
Reeditado em 21/07/2012
Código do texto: T3783590
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