Parreiras de Venturas

Jamais me darei por vencido

Enquanto nos veios perdurar a magia,

Dos florais vindouros dos vinhedos

Semeados nas terras de cima da serra

Onde tudo brota em poesia!

Ancorado entre folhas vazias,

Dou-me em lamentos vindos das ondas

Esculpindo pedras, acarinhando a areia,

Aguardando do luar, venturas que transcendem

N’alma, nos lúdicos novelos da roca dos verbos!

Contraído pelo desejo de amar,

Embarco nesta vindima entregue pelos ventos

Oriundos da rosa, ali, naquela janela emoldurando

Minhas noites de frio, meus dias de breu!

Anelado à nostalgia dos versos

Talvez, dum equidistante ensejo,

Envolvo-me de coração por sussurros e lágrimas

Que escorrem até meus rabiscos,

Plantando pelo sempre... Amor!

Destino! Ah Destino do caminhar!

Emane das brisas o orvalho à flor

Daquele jardim eleito ao cosmo,

Ao dedilhar da temperança!

15/07/2012

Porto Alegre - RS