Lágrimas para o Amor

Certo que o luar

Logo se fará sobre meu mantra,

Abro meu diário de efêmeros pensamentos

Que surgem da dor, da imagem espelhada

Em cada gota que a face em ritos emana!

Entregue à penumbra

Fazendo-se alquimista de verbos,

Loco-me ao verso inconfesso pelo ensejo,

Da nudez das dunas se expressando

Em carinho... O beijo da flor pelos lábios!

Tempo, guerreiro dos ventos!

Venha com teus filamentos sangrados da noite

Alumiando a mística de cada entrelinha,

Mergulhada no valse do amor!

Consolidados pelo silêncio,

Fragmentos de um poema sentimental

Descrevem a madruga num todo

Que se solta de dentro do peito

Divagador do seio que se fez amar!

Do jardim, sou o jardineiro pelo orvalho,

Tendo do avesso o afago culminando em êxtase!

12/07/2012

Porto Alegre – RS