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Sombras




O céu
 saturado de cinza 
tristeza

Exibe corvos que gritam
 no vazio

E o ar 
impregna-se de 
nova dor.


Perde-se o mundo na 
armadilha

Dos
 rostos indecifráveis,

Enquanto no terreiro sem telhado
 de vidro

Nasce um véu de breu falante.



Não há
 mais sonhos, nem saudades...

Vive-se da insanidade que rebenta 
fecunda


E sodomiza a boca em gritos silenciosos.




Existe no céu um céu mitológico e disforme...


No vértice dos labirintos profícuos de sujeiras


Há parteiras que jamais abortam a Razão
- Essa perversa forma de zombar da realidade!

Nefertiti Simaika
8/5/2012 - 18h25
Fundo musical: †Gregorian - Maid of Orléans†
Nefertiti Simaika
Enviado por Nefertiti Simaika em 10/07/2012
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