A tristeza das rosas



A tristeza das rosas...
E a solidão de seus espinhos, eu tenho.
Sem o tempo de espreita, e elas murchando num jarro,
Como mais um corpo jogado.

Pode se dizer que em mim há uma dor que dói tanto.
Que nem a nostalgia se poderá compreender...
Essa dor que vem do mar...!
É dor de você!

Das rosas jogadas pelo cais,
Quando parte a nau navegando fundo...!
Quando entre a alma e o universo não há mais regresso...
Quando falta-me, rumo triste de um verso!

Dor de tempo...
De quando tudo envelhece e vai mudando.
Por que não mais se lê o quê, com tanto carinho escrevo eu!
Não mais afaga-se o rosto que tanto se beijou!

Não mais distingue-se na água, calma e parada a cor da flor.
As palavras perdendo-se em lábios secos acharam mais um vazio...
No amarelo de folhas, chacoalhar das águas, no limo de flores...!
Quais saudades outras, vão pelo mundo seguindo o navio.


DM&CTE

DE MAGELA POESIAS AO ACASO e Carmem Teresa Elias
Enviado por DE MAGELA POESIAS AO ACASO em 10/07/2012
Código do texto: T3770137
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