TEMPO PARADO
A chuva fina,a manhã que engatinha escondida sob as nuvens,
o tempo que corre demais,quando se está na cama.No entanto
faz questão de ir bem devagar quando precisamos dele.
O valor que o tempo tem,é medido da forma que o usamos,
do contrário ele pára,enquanto olhamos a vida.
As horas nunca andam a nosso favor,os cabelos que surgem,
são os brancos,aqueles que vão,não se despedem,apenas desaparecem.A força hoje,é de vontade,dias sim,dias não.
Queria reclamar menos,viver o que me resta,com dignidade,
mas não me deixam.O que não me lembro já não interessa,o que esqueço pode me matar,há os remédios . . . que acompanham a minha existência,companheiros coloridos,que me mantém acordado e
lúcido.
Um dia,não precisarei mais deles,e tenho certeza que vou reclamar,
vou pedir mais um dia para tomá-los.
Mais um dia,para o céu azul,para as flores,para o sol,para que não
escureça,para que a lua venha se despedir,porque se nada disso acontecer,irei assim mesmo.
T E M P O P A R A D O