Vendaval



Pegou-me desavisada, uma forte ventania 
Levou com ela meus versos e a minha alegria...
Eu queria poder explicar este tufão arrasador
Um imenso vazio invadido por revolto mar...
Uma tempestade a desabar...
Nuvens arrebentam, estrondam trovoadas no ar 
Clarões no meu céu anunciam que tudo irá inundar
E eu aqui, em barco sem remo, sem direção tomar 
Minha bússola...? Era o poema de amor 
Que escorregou, foi para o fundo do mar...
 
...Passou o vendaval, veio a calmaria 
Calma de agonia... Plena de nostalgia... 
Minh’alma retalhada, geme, transpira e suspira 
Na busca incansável pelas liras da poesia...

 








(Repostagem)
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