ESQUINAS

O som de um coração dilacerado,
O tom de tristeza na estranheza das retinas,
Perdidas entre enigmáticas esquinas.

Travo comigo, um combate interiorizado,
Tento resistir o medo, o entanto, o espanto,
Não posso, não tenho força para tanto.

A voz quer fluir com um grito, mas, não se atreve,
Cala-se para a mão que tremula, escreve,
Uns pobres versos, desencontrados.

E apesar do sussurro solidário do vento,
Sinto-me encurralado, emoldurado,
Por complexos sentimentos.