Excesso
Os meus tropeços não são de beber!
É que a cada um, mais passei a ver
o porquê de eu tropeçar,
tanto andando quanto a pensar
primeiro em nós dois, depois em você.
É que, o pouco que eu tinha, amei demais
(e não podia)!
Além do que deveria,
bem mais do que eu temia,
mas menos que pude, jamais!
Eu caio e tropeço ou tropeço e depois caio,
não sei o que faço! Mas nisso comprovo a teoria
de que as lágrimas gigantes que o corpo jorra,
fazem tropeçar nelas quem as chora
em demasia.
Assim, no muito de você, tropeço,
e desse excesso faço versos
que transbordam tão românticos
dos olhos tão castanhos...
É que tenho amado, confesso!