Da rosa que deixaste...

Pétala de rosa

Terna textura

Onde posso eu

Repousar o meu rosto

E lágrimas orvalhar.

Não guardes tu os espinhos teus

De mim.

De tanto amar-te - eu

Posso machucar-te...

Mastigar-te...

Aspirar-te…

Engolir-te...

Sufocar-te no amor meu

Extravagante.

Tal a tua cor - vermelha

Tal a cor do meu amor

Que arde-me tal o inferno

E leva-me ao infinito

Em contemplação - tua.

Pétala que toco - eu

Pétala que cái - de mim

Depois de fresca

Orvalhada...

Molhada...

Do amor teu - que deixas

Ao partires – em mim

Ao saires - sem nem olhar para trás

E deixa-me os espinhos

Todos…

E leva-me o perfume – já pouco.

A ternura – expessa.

Ao menos volta só de passagem...

E tenta repor os estragos

Que fizeste-me

Das pétalas todas

Que arrancaste-me…

Não necessitas orvalhar

Sobre mim.

Contento-me com um olhar - teu

Pouso de raio de sol que és - à mim

Para que possa eu - "rebrotar"

À ninguém mais

Só a ti.

A esperar a ti…

A esperar.

Não abusa...!

Posso cansar-me desta disponibilidade tola.

Karla Mello

28 de Junho de 2012

Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 28/06/2012
Reeditado em 06/10/2017
Código do texto: T3749291
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