Entre cruzes e sepulturas

Entre as cruzes

e as sepulturas,

ela caminha,

vagarosa e branda,

passos lentos,

gestos elegantes,

o olhar atento,

o peito arfante.

Procura um nome,

que um dia

esteve escrito

na sua vida.

Procura o nome,

de quem dizia

que significou

a razão de viver.

Entre as cruzes

e as lápides,

pisando terra santa

que abriga

as sombras da vida.

Ela caminha e vai

conferindo

os nomes e datas,

Ela procura

por mim,

ela procura

a minha tumba

pra deixar-me

uma rosa vermelha,

pequeno tributo

ao amor que um dia foi dela.

Uma rosa para um amor

um amor que foi bonito,

uma rosa para quem morreu

encerrando um sonho aflito.

Editada em 23.06.2012

LuizMorais
Enviado por LuizMorais em 23/06/2012
Código do texto: T3740474
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