Depressão
Não pense que a luz brilha lá fora
Seja meu auge de sucesso aparente
É só o farol claro da vida que agora
Reflete o inexplicável mal demente
Aquele arrepio de aurora que defini surdo
Não passa de crepúsculo inerte, isso é tudo
E o disfarça alegre que já senti confuso
Com o tempo se agiganta, tornando-se obtuso
É trêmula a mão que agora se esforça escrever
Simples estímulo cerebral que a põe a deriva
O mesmo que faço e repito na vida a maldizer
Que a luz que brilha lá fora é mera estiva...
23-06-2012, CNP, MT, 11:16a.m.