Prenúncio
Quando eu me for
E a solidão te lhe doer por dentro!
Viscerais dores te expuser gemido;
Em tua fronte o expressar;
_Falta-me o riso?!
Quando eu me for, e já não forem
Teus ais de prazer e delírio...
Ao perceber, eu fui, e então
Comigo veio, o brilho!...
Ah! Quando eu me for...
E a solidão te povoar os dias, os sonhos
Vires, que nada sinto dos nossos momentos,
Um vento frio há de soprar minha lembrança!
Quando eu for, hás de julgar,
Findou o amor. Há esperança?!
Onde ao cismar deve inquirir:
_Terias tu ao dissabor sobrevivido?
Ao que pergunte, saberás:
_Terei morrido!