Café de angustia

Em minhas letras de solidão

Condiz a qualquer três

Dizeres sem restrição

Mas o que teria para

Restringir nada além

De minhas poucas palavras

Diga-me o que queres

Com essa chuva passando

Que cai de baixo pra cima

Como estivesse invertida

O sentido da vida

Não sinto vontade de ser

Importante falador que se

Delicia com os prazeres

Da sociedade e se diverte

Com bobagem

Quero sentir o que

Não se conhece bem

Amor misturado com

Esses tipos de sensatez

Quando não se tem mais

O que dizer e ver

Minha letra também

Parece que adoece

Mas não acho não

Que seja doce essa dor

Só um sentimento amargo

Profundo de desilusão

Comigo mesmo

Por me tornar um incapaz

Insensato de que dizem

Que a vida é o que se faz

Para mim é então

Poesia sem fim

Que cada um deixa inacabada

Quando se vai para um adeus

Que se sabe concerteza

Poucos desacredita e muitos

Temem...

Só um muito mais

Profundo que todos

que acham prazes

nesse lugarejo

chamado vida

cheia de angustia

e café bom...

Lucas Bertazzi
Enviado por Lucas Bertazzi em 22/06/2012
Código do texto: T3738879
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