O Náufrago

Eu já não tenho tido carinho,

E me sentindo venho, sozinho

Assim, sem ter ninguém pra amar.

E me rasgado tenho em meus versos,

Nest’amplidão que é o universo

Bem sei, estou perdido no mar!

Já que nadar não sei, penso então:

Talvez, se lhe fizer uma canção

Ouvindo-a, possa até me atender!

E me pintar a vida sofrida;

Provar outra melhor... Escolhida!

Vem cá, compartilhar e envolver...

Agora se você não me ouvir,

Bem sei que vai vagar por aí,

Vivendo dos meus versos de dor...

Sentindo a falta deste meu canto,

Mergulhada, talvez, em meio ao pranto;

Vivendo de sonhar, meu amor!