Adolescência rompida

Ali a encontrei

Deitada no chão

Branca como à neve

No primeiro dia de inverno

Mas nela sobrevivia

A pureza de uma flor não deflorada

Seus cabelos cobriam seu rosto

Em seus olhos restavam

Uma faísca de luz

Fria e sombria

O seu ultimo suspiro foi tirado

Dos seus doces lábios

Uma imagem negra

Da pobre menina

Que queria ser artista

E foi parar na rua

Nos guetos

A sua infância foi tirada

Sua adolescência assassinada

E ela ainda não tinha chego à maturidade

O que se ouviu na rua

Foi o grito desesperador

De uma mãe ao ver

Sua filha morta

Uma menina de apenas 15 anos

Que viu seus sonhos

Escorrer pelos bueiros

Como sangue escorrendo de suas veias

Em busca de um sonho

Da luxuria da cidade grande