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Os meus glóbulos vermelhos
Sorvidos por tua garganta
Que não cansa
Desse horrível gargarejo...

Tu és sangue do meu sangue,

Mas me sugas,
Até deixar-me exangue!

Regorgitas minhas plaquetas,

Nessa refeição infame,
Para a qual não há gorjetas,
Só vexames!

Tu és sangue do meu sangue,
Mas teu sangue não te basta,
Queres o meu,
Para encher as tuas taças!

A vingança perpetrada
Porque não te dei razão,
A garganta perfurada
Pelos teus caninos grandes...

Tu és sangue do meu sangue,
Mesmo assim, não te garantes,
Pois desejas
Meus leucócitos e hemácias!

Tuas taças estão cheias,
Gargareje, regorgite,
E me sirva aos teus amigos!

***


Imagem: micróbios vampiros (staphylococcus aureus) alimentando-se de sangue humano


 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 22/06/2012
Reeditado em 22/06/2012
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