Ao Túmulo

Desçam a cova aquele que jaz,

Com sua fronte esverdeada,

Quisera ter a coragem tenaz,

Morto em uma lápide gelada!

Que a chuva então lhe molhe,

O cadáver gélido e enrijecido,

A terra teu corpo senão acolhe

Ao sepulcro úmido escurecido

Mas se a tua face amarelada

Brilha no caixão amadeirado,

Sinto a tua alma sendo velada

Que lhe resta velho finado?

Então que esta tua descida,

Na cova em honra funesta,

Seja brinde para maldita vida

Só voltar a terra te resta!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 22/06/2012
Código do texto: T3738044
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