paixão no peito de ninguém
Sinto hoje, que o amor é morto
fez-me assim a vida mais vazia
assim como fez minha cama mais fria.
na mão, até meu cigarro é torto.
Uma febre me afasta da alegria
e cada vez mais, pego-me absorto
num deserto, a procura de um porto
e de arrebatamento, nas carnes de uma vadia
descanso no sono que não vêm
paz, numa cidade que não é minha
força num corpo que definha
e paixão no peito de ninguém
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Sinto hoje, que em mim, o amor é morto
e fez assim, a minha vida mais fria
fez da minha cama uma imensidão vazia
e na minha mão, até meu cigarro é torto.
Bêbado e febril, apartado da alegria
cada vez mais, pego-me absorto
neste deserto, já não acho um porto
naufraguei no mar da poesia
De noite, o sono não me vêm
só o que tenho é esse frio na espinha
e esta saudade de ninguém
Me dói esta dor que não é minha
mas que me preenche e vai além
além da carne, é minha alma que definha